Gilberto Vital da Silva

O Guardião da Lagoa da Jurema
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Sinopse

Nasceu no Sítio Pé Leve Velho Arapiraca-AL. Desde cedo começou os trabalhos na roça, as atividades lúdicas, as brincadeiras, as “brigas” com os amigos de infância, os primeiros estudos em um salão do Manoel Pequeno no Sítio Cangandu, com a Professora Anetília Beijo, da família Beijo, da Praça Marques da Silva.  Sua mãe, Maria das Dores da Conceição e seu pai Antônio Vital da Silva, formam seu mosaíco de expressivas e sentimentais nuances. Na escola entrava calado e saía mudo, com medo da palmatória de braúna. Seu pai falava: ” Professora bata nele! ” e a professora respondia: ” Ele não aprende, mas não faz raiva! Por isso se livra da pisa!”

Na sua casa de taipa, a noite eram armadas sete redes, e ali dormiam, ele e seus seis irmãos.

As plantações de mandioca, a farinhada, o saco de farinha que servia para venda para comprar piabinhas na feira de Arapiraca, estão vivos em suas memórias.  

Atualmente é morador do Sítio Lagoa da Jurema, nas imediações do Povoado Pé Leve Velho, A Lagoa da Jurema, ainda existe cercada de matas, principalmente de Juremas. Neste recanto fez seu reinado.  Sua enxada é seu bastão, suas batalhas lutadas e vencidas se deram nos campos agrícolas, desde seus primeiros passos até o presente de sua existência!

Ele fala que em sua infância; luz só das lamparinas e no pequeno Centro de Arapiraca; da época de sua mocidade, os lampiões clareavam melancólicos, e depois foram substituídos por postes de madeira de massarandubeiras, enquanto nos sítios, a iluminação apenas de estrelas como lanternas naturais.

Ele diz que sua avó Virgínia Vital, falava que o lugar recebeu o nome de Pé Leve Velho porque o primeiro morador do local tinha os pés gigantescos, e quando ele passava pelo caminho areento, ficavam as marcas dos pés avantajados! As pessoas falavam das marcas, assim o lugar foi batizado.

Esposo, pai, agricultor, Calango na infância (Calango, profissão de levar as malas com as roupas dos noivos no lombo do cavalo até a Igreja), farinheiro, trabalhador de usina, oleiro do fabrico de tijolos na olária de seu pai, ali mesmo no Pé Leve Velho, amante da natureza, entre outras ocupações artísticas, espírito otimista e o sorriso contagiante. Um gigante em coragem e dignidade. Assim, Gilberto Vital da Silva é uma das Raízes de Arapiraca.