Nem Cauã Reymond, nem Caio Castro, mas Chico de Assis, ator com mais de 40 anos de experiência e uma vida dedicada à arte da interpretação

 

Laís Pita

Nesta quinta-feira (24), às 19h no palco do Teatro Sesi, em Arapiraca, será encenado o espetáculo “Graciliano, um brasileiro alagoano: memórias de Heloisa”.

Heloisa era esposa do escritor alagoano nascido em Quebrangulo e considerado um dos maiores escritores da língua portuguesa. Já foi traduzido em 35 idiomas e o melhor, “é da terra, é da gente”. Por isso vamos prestigiar.

As vagas são limitadas, mas de graça.

O espetáculo é do ator e jornalista Paulo Poeta, 61 anos. A adaptação roda o Brasil há 16 anos, já passou pelos principais centros e capitais, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Recife e Aracaju.

Conversando com o Diário, Paulo disse que os alunos que estudam para o Enem e outros vestibulares devem ir. “Sempre cai o mestre Graça”, destacou ele.

Além de conhecer Graciliano Ramos, a pessoa que assiste à peça se vê em vários momentos, pois ela traduz a alma alagoana. “Acaba falando um pouco de quem somos nós”, explicou Poeta.

“A adaptação respeita a obra, é muito original, com pequenas interferências para que seja um espetáculo teatral”, enalteceu Paulo.

A trilha sonora é um show à parte e, como não poderia deixar de ser, composta por alagoanos, como Junior Almeida e Fernando Melo.

Além de Paulo e Arilene de Castro, também está no elenco o ator global Chico de Assis, 60 anos de vida e mais de 40 dedicados à arte da interpretação.

Nem Cauã Reymond, nem Caio Castro, Chico não é galã mas é um artista completo (não que os outros não sejam). Vai do teatro ao cinema, passando pelas novelas Velho Chico, Irmãos Coragem, entre outras. Tem também o filme Deus é Brasileiro e inúmeras minisséries da Globo na conta.

Ele está no elenco da obra desde quando o espetáculo foi idealizado, mas considera cada apresentação única. Não será diferente hoje em Arapiraca.

O evento, que integra a semana Raízes Cultural, em comemoração aos 95 anos de Arapiraca, tem o apoio do Governo de Alagoas e do deputado Ricardo Nezinho.