Angelita Maria Cavalcante

A Menina e as Águas da Lagoa
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Sinopse

Nasceu no Povoado Lagoa dos Cavalos, atual Vila Aparecida, Arapiraca- AL. Foi na redondeza desta lagoa de propriedade de seu avô, Manoel Lopes da Silva, que mergulhou por vezes e brincou com suas águas cristalinas. 

Filha de Odilon Lopes da Silva e Joana Maria da Silva, ficou na orfandade materna na adolescência, com apenas catorze anos. O choro da saudade lhe acompanhou, principalmente na juventude! Seu pai era roceiro, enquanto este trabalhava, ela tomava conta de um tio com necessidades especiais e da sua avó paterna. Mesmo assim, brincou como uma criança de sua época.

Guarda lembranças das noites em que levava a mamadeira com o leite quentinho para seu irmãozinho, do sururu bem preparado, do jeito que seu pai gostava; de um período de tristeza e dor, pela perda da mãe, Esta partida, partiu seu coração. Desalentou seu núcleo familiar!

Ainda se recorda da casa ampla, com peitoril; das noites a luz de candeeiro, do lampião posto na cumeeira da casa; dos grilos no terreiro a cantarem sem parar, da calmaria de um tempo sereno, dos dias de lutas, do trivial cotidiano que embalava sua Lagoa das Cavalos.

Aprendeu a torrar café ainda na infância e sentia o cheiro exalante, que se espalhava como nuvens ao vento. Unindo-se com o cheiro da farinha a torrar, na velha casa de farinha de seu avô, Manoel Lopes, sensações e aspirações, difíceis de esquecer. 

Colher o milho na roça, o cuscuz no cuscuzeiro de barro, coberto com o pano para de abafar, a lenha queimando no fogão, depois era só misturar com um pedaço de carne! 

Com o passar do tempo, o fazendeiro José Francisco mandou construir a Igreja de Nossa Senhora Aparecida, deixando seu torrão mais movimentado. O terreno em que está situado a Capela foi vendido ao fazendeiro José Barbosa, que melhorou o aspecto da igreja, e sempre fazia as festas, com trio com zabumba, pífano e prato. As quermesses repletas de guloseimas!

Casou – se com José Geraldo Cavalcante, um antigo morador das redondezas da cacimba doce, recanto histórico que tanto serviu à população dos sítios adjacentes, com suas águas.

O menino que lia as cartas era seu filho José. Isso lhe enchia de orgulho, já que poucas pessoas sabiam ler na época. 

O Guerreiro do Francisco Jupi, animava o terreiro da bodega do Elói Magalhães no oitão da igreja, que sempre fazia questão de trazer esses folguedos multicoloridos, primor do folclore alagoano!

Esposa, mãe, agricultora, memória fascinante de sua Vila Aparecida. Assim, Angelita Maria Cavalcante, é uma das tradicionais Raízes de Arapiraca.

Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 17ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 15 de outubro de 2023 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro