Josefa Francisca Rosa

A Prosopopeia Artística
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Sinopse

Nasceu na Vila Fernandes, Arapiraca – AL. Lugarejo tradicional. Neste ambiente, ela trabalhou desde a infância nos roçados de seu pai, Gabriel Camilo dos Santos e sua mãe, Flauzinda Francisca dos Santos. Ali também ela brincou de bonecas de panos, brincou de roda, principalmente no alpendre de sua casa, apreciou a calmaria espetacular de um cotidiano simplório de uma Arapiraca recém emancipada. Na imensidão do terreiro de sua casa de nascimento e primeiras vivências, ela corria livre como pássaro que jamais conheceu cativeiro. 

Estudou com a professora, Dona Branca, seu pai organizou em uma casa velha na propriedade, que serviu como escola, assim em uma época da pedagógica palmatória, que insistia em educá-la.

O raspar da mandioca, a farinha recém saída do forno da saudosa velha casa de farinha e a fumaça a se espalhar, era um sinal de uma festa advinda de um trabalho tão importante e ao mesmo tempo tão marcante do retrato diário de seu passado.

Conviveu desde a infância com o Nelson Rosa, que viria a ser seu namorado e eterno amor! Ícone da cultura arapiraquense e alagoana. Desde os cinco anos de idade o menino Nelson, saía pela região acompanhando seu pai para assistir as apresentações de pagodes. Foi nos trabalhos de pisar no barro dançando e cantando pagode nas construções de casas de pau a pique, inspirado nesta época, que ele formou um grupo de apresentações do autêntico coco de rodas, que lhe deu fama e o título de patrimônio vivo de Alagoas.

Josefa é uma das grandes mulheres da constelação arapiraquense. Viveu momentos ímpares da história da cidade, como o apogeu da centenária feira, as festas de Janeiro da Padroeira Nossa Senhora do Bom Conselho, os antigos grupos da política municipal, liderados de um lado por João Lúcio da Silva, e José Lúcio de Melo e do outro: Luiz Pereira Lima, Claudenor de Albuquerque Lima e uma gama de ilustres cidadãos arapiraquenses, que preenchiam um lado de azul e do outro o encarnado da política da terra do Nelson Rosa e de tantos outros, conhecidos ou anônimos que são sustentáculos da grandeza de Arapiraca. 

As três festas de Santo na casa de familiares, e mais duas festas nas casas de antigos moradores, mais, a de São Silvestre, padroeiro do Fernandes, o parque de diversões, as festas de bandinha de Zabumbas, pifanos, triângulo… era uma alegria só! No “Celeiro das tradições”, e nas boas recordações. 

Mãe de uma prole de sete filhos, memória viva de sua Vila Fernandes – recanto pulsante da arte e da economia ruralista, que ainda contribue para a geração de riquezas culturais através da arte, da economia, através da agricultura, principalmente do fumo, que ainda reveste de verde esta sua área. 

O lanche chamado de “Xililique,” “o jogo do peru à meia noite”, “a dança do coco de rodas até raiar o dia” e uma vida inteira em prol da arte!

Esposa do mestre que personificou a arte (“O Guardião das Tradições”), mãe, agricultora, destaladeira de fumo, cantora nos salões de fumo, mestra da existência! Assim, Josefa Francisca Rosa é uma das culturais Raízes de Arapiraca.