Maria Barboza da Silva

Ramos da Tradição

(Marili)

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Sinopse

Nasceu no Sítio Guaribas, atual área entre o Bairro Primavera e o Bairro Cacimbas, Arapiraca-AL. 

Filha de Francisco Barbosa de Melo e Maria José de Melo, ambos figuras históricas de Arapiraca. 

A casa de seus primeiros doze anos de vida, era um “chalé grande e bem caiadinho” e o tanque de água doce nas proximidades de seu lar, entre as fruteiras abundantes, que floriam o ano inteiro e produziam frutas doces que adoçaram sua infância!

Seu lar foi repleto de amor, de irmãos, dentre tantos, o professor Manoel Barbosa, sócio proprietário do Instituto São Luiz – templo consagrado do saber!

O trabalho agrícola fez parte das jornadas de sua infância. Raspar mandioca para a produção de farinha; o cheiro gostoso do bolo, do beiju assando na fornalha da velha casa de farinha de seus avós, aquele estalar da madeira queimando, a fumaça a se espalhar pelo espaço; a festa e aquele agradável barulho de gente, gente sua, fazem parte do cenário sonoro e visual da rústica fábrica de farinha e demais derivados da mandioca em que ela viveu parte de sua saudosa infância e mocidade. 

As aprendizagens escolares, se deram através da professora Chiquinha Macêdo, em um salão do Genú, no Sítio Cacimbas improvisado de escola. Só dava para chorar com medo dos bolos nas palmas das mãos. As brincadeiras de bonecas de milho, de pano, calunguinhas, além de correr pelo amplo recanto rural, assistir apresentações folclóricas de pastoril, guerreiro, reisado, chegança e outros folguedos, que outrora animavam na época, a pequenina Arapiraca, foram algumas de suas diversões e recordações. 

As festas de São Pedro na Casa do Pedro Leão e Benvinda Leão no Baixão; as rezas em frente ao oratório de madeira; o som da bandinha tradicional das festa de santos. ” Naquele Baixão daquela época que só existiam quatro casas”! Foi nesta festa que conheceu e casou-se com José Ângelo da Silva, membro da tradicional família Ângelo Tavares. José Ângelo, foi um dos grandes produtores de fumo de Arapiraca, e Marili o ajudou no trabalho e na educação de sua prole de treze filhos – Ramos da tradição. 

As idas aos Sítios Cacimbas e Guaribas; o destalar do fumo; as compras na feira de segunda; as festas de janeiro da Padroeira Nossa Senhora do Bom Conselho; à Velha Igreja da rua do Comércio, a efervescência religiosa e cultural, dentro e fora deste monumento – Testemunho há mais de 158 anos da Vila e do pós Vila, da terra de José Bernardino dos Santos e de tantos outros

Esposa, mãe, agricultora, pedagoga da existência, além de outros ofícios. Assim, Maria Barboza da Silva (Marili), é uma das tradicionais Raízes de Arapiraca.