Sinopse

Nasceu no Sítio Caiçara em Junqueiro – AL. Ali olhava para a imensidão das matas nativas e roçados de nuances verdes. A infância é um mundo sereno e fantasioso. É uma obra de arte em construção, só finalizada quando se deixa de sonhar! 

Ali estudou, brincou e trabalhou nos campos rurais ao lado de seus pais. Assim foi traçando seu futuro, na luta contínua até aos dias atuais. 

Lá mesmo em seu berço de nascimento, conheceu Nair Soares, que viria a ser sua esposa. Seu eterno amor!

Em 1970, chega em Arapiraca. Neste mesmo ano passou a comprar e a vender bicicletas em sua residência. Como é visionário, motivado pelo progresso da cidade passou a ser taxista. Logo vê na centenária feira idealizada por Esperidião Rodrigues, a oportunidade de ganhar um pouco mais de dinheiro, assim vai ser feirante, montou bancas de calçados e roupas. Com o passar do tempo trocou a profissão de feirante pela de caminhoneiro. Durante quinze anos transportou cargas de fumo e cebola. Foi através de uma carga de fumo transportada para Maceió, tendo como destinatário um navio francês ancorado no porto, que Pedrinho viu no “fumo” a oportunidade de crescimento financeiro. Teve a brilhante ideia de montar sua própria fábrica de tabaco, surgia naquele dia a Indústria e Comércio de Fumo Ltda. Estas cargas de fumo eram enviadas pela antiga empresa Cacique, de Arapiraca à França. 

A fábrica se mantém até os dias atuais, gerando riquezas através do fumo – o nosso ouro negro! No período áureo da cultura fumageira a capital brasileira do fumo em corda, ostenta dezenas de indústrias de fumo, a maioria delas internacionais. A indústria deste grande arapiraquense, é uma das poucas existentes até os dias atuais. 

Pedrinho fala que Arapiraca mudou muito. Quando aqui chegou a energia só era fornecida até meia noite, gerada pelos motores da Força e Luz, empresa de Valdomiro Barbosa. O comércio nesta época já era forte! Só faltava-lhe um colorido especial.

Sua trajetória é inspiradora! Da sola dos pés para a bicicleta, da bicicleta para o carro, do carro para o caminhão, do caminhão para se tornar industrial de um produto que é vendido em todo o Brasil – o fumo, nosso cartão postal econômico. 

Esposo, pai, agricultor, vendedor de bicicletas, taxista, feirante, caminhoneiro, industrial do ramo fumageiro, um dos maiores visionários de todos os tempos da terra de Manoel André. Assim, Pedro Félix de Farias (Pedrinho), tornou-se uma das Raízes de Arapiraca.

Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 16ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 06 de agosto de 2023 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro