Valfredo Bernardo

O Ouro Verde

 (Pedro)

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Sinopse

Nasceu em Limoeiro de Anadia -AL. Ali foi seu primeiro recanto de amor no entusiasmo da infância. Dividia seu tempo entre os trabalhos na roça, ao lado do seu pai, Alfredo Bernardo, seu mestre na escola da vida, que o ensinou que para descomplicar a vida, é preciso ter muita coragem e disposição para o trabalho, e ao lado de seu primeiro professor foi até os dezoito anos de idade. Seu pai partiu deixando um mar de tristeza e muita saudade. Estudou um pouco, mas preferiu a enxada, sentir o cheiro e trabalhar a terra, já que esta era menos rígida do que o professor, que tentou lhe ensinar a ler, a escrever e a fazer contas!

Ele se recorda em sua infância de ver os animais, carregando caçuás repletos de frutas, com os guias vendendo seus produtos; das senhoras, passarem tempos, usando roupas de cor preta, em respeito ao luto de entes queridos que partiram; de um tempo em que as pessoas sentavam nas calçadas, conversando sob a luz das estrelas, ouvindo os cantos dos grilos e dos sapos, e por vezes, a contemplar a escuridão das noites frias ou calorentas, na ausência da lua; do balcão da bodega com o bodegueiro a assoviar, esperando os clientes ou no atendimento, aquele bate papo, a agilidade do comerciante, colocando uma lapada de Mucuri para seu José; aquela bodega parecia mais uma farmácia, com tanta gente tomando misturada, que garantia combater qualquer um dos males!

Cuidou de sua mãe, Gracinda Miguel Rodrigues da Silva, até ela se mudar para outra cidade, depois de um novo casamento. Viveu em seu Sítio Brejo, até os vinte e cinco anos de idade. Quando conheceu Iracema Porto da Silva, com quem casou, em cerimônia realizada na igreja velha de Nossa Senhora do Bom Conselho, pelo padre Epitácio Rodrigues.

Depois de um ano de casados decidiram morar em Arapiraca. Trabalhou como chofer de praça até o dia em que o motor do veículo bateu, passou a ser carroceiro por oito anos. Ao lado do grande amigo José Fernando, passou a comprar folhas de fumo, logo viu o dinheiro estufar seus bolsos, assim voltou a ser motorista, desta vez de uma caminhonete C10 nova. Ainda trabalhou nas Usinas Camaçari e Caetés. 

Sua trajetória não foi só de trabalho. Em Arapiraca frequentou as festas da Padroeira Nossa Senhora do Bom Conselho, assistiu filmes nos Cines Trianon e Triunfo, passeou em volta da fonte sonora luminosa da Praça Deputado Marques da Silva. Gostava de assistir aos comícios políticos do Deputado Claudenor de Albuquerque Lima, além de outros eventos culturais.

Atualmente é conhecido como Pedro da Garrafada, por fazer uma mistura que praticamente cura todos os males! Sendo assim um alquimista!

Esposo, pai, agricultor, chofer, carroceiro de tração animal, comprador de folha de fumo, alquimista, além de outros afazeres. Assim, Valfredo Bernardo (Pedro), tornou-se uma das Raízes de Arapiraca.

Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 16ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 06 de agosto de 2023 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro